A EMS, maior empresa farmacêutica no Brasil, anunciará amanhã (19/04) que irá doar a forma oral do antibiótico ‘azitromicina’ em apoio a uma iniciativa renovada da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conseguir a erradicação da bouba no mundo até 2020.
“A EMS tem a honra de fazer parte deste importante esforço de saúde pública global. Estamos orgulhosos em ser a primeira empresa privada a doar os medicamentos necessários para uma causa tão nobre, o que está de acordo com o nosso objetivo de promover saúde e com a nossa missão de cuidar de pessoas no Brasil e em outras partes do mundo”, diz Carlos Sanchez, presidente do Conselho de Administração do Grupo NC, do qual a EMS é a principal empresa.
A bouba, dentre as doenças tropicais negligenciadas, é uma infecção bacteriana crônica e debilitante que afeta a pele e, em casos mais avançados, compromete os ossos e cartilagens também. Acredita-se que os seres humanos sejam os únicos portadores e a transmissão é feita de pessoa para pessoa.
Até recentemente, o tratamento padrão para a bouba vinha sendo feito por meio de injeções intramusculares de penicilina benzatina. Em 2012, a descoberta de que uma única dose oral de azitromicina cura completamente a doença reavivou a esperança na eliminação acelerada e erradicação da bouba. Isso extingue a necessidade de pessoal treinado para aplicar as injeções na medida em que a azitromicina via oral pode ser administrada por meio do tratamento em grande escala de populações inteiras afetadas.
“O anúncio é uma boa notícia para as pessoas, principalmente para as crianças que sofrem de bouba e que podem ser completamente curadas com um único tratamento”, diz o dr. Dirk Engels, diretor do Departamento de Controle de Doenças Tropicais Negligenciadas da OMS. “Com esta doação, queremos envolver e incentivar os países onde a transmissão ainda está ocorrendo para erradicar esta doença.”
Entre 2008 e 2015, 461 mil casos de bouba foram notificados nos 13 países onde a doença é atualmente endêmica. De cada 10 pessoas afetadas, sete são crianças que vivem principalmente em comunidades pobres e rurais de regiões da África, da Ásia, da América Latina e do Pacífico. Há muitos anos, o Brasil não tem casos relatados da doença. Em 2016, a Índia foi o primeiro país certificado pela OMS como livre de bouba.
Em 1950, a OMS e o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lideraram um esforço mundial para erradicar a bouba utilizando uma injeção de penicilina em campanhas de tratamento em massa. Foram examinadas mais de 300 milhões de pessoas e 50 milhões foram tratadas. Até 1964, o número de casos tinha sido reduzido para 2,5 milhões de pessoas, mas o objetivo final da erradicação não foi atingido.
A administração de uma dose única de azitromicina oral – um antibiótico que faz parte do portfólio da EMS desde 2000 – facilitará a implementação da nova estratégia de erradicação da OMS desenvolvida em 2012. Trata-se de mapear as comunidades em que a doença está presente e o tratamento em massa de todos os habitantes elegíveis dessas comunidades, seguido de tratamento orientado daqueles que ainda têm a doença e para os indivíduos mais próximos desses pacientes. Também implica a manutenção de atividades de sensibilização para a doença e a permanente vigilância ativa clínica e epidemiológica para identificar quaisquer novos casos.
O sucesso da implementação da estratégia da OMS pode garantir que a bouba se torne a primeira doença a ser erradicada por meio do uso de antibióticos. A única doença erradicada até agora é a varíola – o que ocorreu em 1980, usando-se uma vacina. Outras doenças que se aproximam da erradicação são poliomielite e dracunculíase.
“A erradicação da bouba é um enorme desafio que abraçamos com muita determinação. Esperamos que este seja o começo de muitas outras colaborações com a OMS no combate às doenças negligenciadas, contribuindo para atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável”, comentou Sanchez.
O laboratório EMS possui o maior portfólio do Brasil, com mais de 2.600 apresentações de medicamentos que atendem praticamente todas as áreas da Medicina. Seu anúncio para apoiar a OMS ocorrerá amanhã (19/04), durante a reunião de parceiros globais organizada pela OMS em sua sede em Genebra, na Suíça.
Acesso universal à saúde
A bouba faz parte de um grupo de mais de oito mil doenças raras que existem no mundo. De acordo com a OMS, as doenças raras (ou órfãs) são definidas como aquelas com uma prevalência inferior a 65 casos por 100 mil habitantes.
Com uma tradição de mais de 50 anos e líder de mercado há mais de uma década consecutiva, a farmacêutica EMS foi pioneira na produção de medicamentos genéricos no Brasil, em 2000, tornando o acesso à saúde uma causa efetiva do laboratório. A produção de medicamentos com excelência de qualidade, introduzindo terapias inovadoras e inéditas para a população, tem sido o seu grande compromisso.
Nos últimos anos, a empresa também tem analisado de perto a questão do acesso ao tratamento de pacientes com doenças raras. Em 2013, ela deu o primeiro passo nesta direção, quando fundou a Brace Pharma, sua empresa de inovação radical focada em terapias inovadoras para doenças com um alto grau de necessidade médica não atendida e com opções de tratamento insuficientes. Em seus primeiros quatro anos, a Brace, que está localizada no estado de Maryland, nos Estados Unidos, celebrou 13 importantes acordos de parceria em áreas terapêuticas como oncologia, virologia e imunologia. Com a Brace Pharma, a EMS se tornou a primeira empresa brasileira a investir no mercado norte-americano de inovação radical. Os EUA são responsáveis por mais de 70% do desenvolvimento de medicamentos inovadores no mundo.
Desde 2016, a EMS passou ainda a se engajar na luta pelo controle e/ou eliminação de doenças tropicais negligenciadas, com o apoio oferecido à OMS no caso da bouba. “Por meio de nossos comitês científicos no Brasil e nos EUA, temos identificado oportunidades, como essa aproximação com a OMS para o combate à bouba, com o objetivo de expandir a promoção do acesso à saúde a um número cada vez maior de pessoas. Como empresa líder, pioneira e preocupada com o desenvolvimento sustentável, a EMS não poderia deixar de se envolver, de fazer a sua parte, de olhar para essa nova e desafiadora possibilidade de atuação em benefício de tantas vidas”, diz Carlos Sanchez.
Sobre a EMS
Maior laboratório farmacêutico no Brasil, líder de mercado tanto em unidades comercializadas quanto em faturamento, pertencente ao Grupo NC. Com cinco mil colaboradores e mais de 50 anos de história, atua nos segmentos de prescrição médica, genéricos, medicamentos de marca, OTC e hospitalar, fabricando produtos para praticamente todas as áreas da Medicina. Tem presença no mercado norte-americano por meio da Brace Pharma, empresa com foco em inovação radical. A EMS também investe consistentemente em inovação incremental e é uma das acionistas da Bionovis, de medicamentos biotecnológicos – considerados o futuro da indústria farmacêutica. Com unidades produtivas em São Bernardo do Campo, em Jaguariúna e em Hortolândia (SP), onde funciona o complexo industrial, incluindo o Centro de Pesquisa & Desenvolvimento, um dos maiores e mais modernos da América Latina, e a unidade totalmente robotizada de embalagem de medicamentos sólidos, além de contar com a Novamed, localizada em Manaus (AM), uma das maiores e mais modernas fábricas de medicamentos sólidos do mundo, a EMS exporta para mais de 40 países – www.ems.com.br.
Links de interesse:
https://www.youtube.com/watch?v=5jabooIVUgg
http://www.who.int/yaws/en/
http://www.who.int/neglected_diseases/global-partners-meeting/en/
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